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A Mulher e a contracepção

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Mensagem  estreladomar Qua Ago 27, 2008 4:04 pm

A Mulher e a contracepção
Toda a Mulher tem o direito básico de decidir livremente, mas de forma responsável, por uma gravidez e deve exigir o acesso a todos os meios de contracepção e informação actualmente disponíveis.

A gravidez deve ser uma opção, reflexo da liberdade actualmente alcançada e não um acto simbólico ou um destino que lhe foi imposto durante milénios, quando era impensável que a sexualidade pudesse ser separada da reprodução.

No entanto, cerca de 500 milhões de mulheres em todo o mundo não têm esta possibilidade e, por isso, o risco de mortalidade materna ou de graves consequências, tanto físicas como psíquicas, resultantes de abortamentos provocados, irá continuar a aumentar.

Esta tendência só será alterada se forem tomadas medidas que facilitem o acesso de todas as mulheres ao planeamento familiar, universalmente aceite como um direito humano básico, um elemento fundamental para a saúde e bem-estar e para a harmonia familiar, constituindo, deste modo, um factor importante na emancipação da Mulher.

Controlo médico da contracepção

Todos os métodos contraceptivos, actualmente disponíveis, são seguros, eficazes e adequados à maioria das mulheres, embora as necessidades contraceptivas variem de mulher para mulher.

Da adolescência ao climatério, a mulher necessita de contracepção que lhe permita o livre exercício da sua sexualidade sem a penalização de uma gravidez não desejada.

A jovem tem de saber que as relações sexuais desprotegidas podem conduzir a uma gravidez e a doenças sexualmente transmissíveis e que ambas podem ser prevenidas por métodos contraceptivos eficazes, inócuos, reversíveis e de fácil acesso: a pílula e o preservativo.

Está comprovado que a maioria dos adolescentes utiliza métodos que não necessitam de controlo médico nem conselho dos adultos porque estão numa etapa da vida em que começam a defender a sua própria autonomia e os métodos que utilizam são frequentemente ineficazes ou mal utilizados.

Para evitar a gravidez na adolescência, a mortalidade e morbilidade que dela podem resultar e a propagação das doenças sexualmente transmissíveis, os jovens devem ter livre acesso às consultas de planeamento familiar e a uma educação sexual adequada.

Contraceptivo ideal?

Não existe um contraceptivo ideal para as adolescentes consideradas como um grupo, mas a pílula é o método desejável, pela sua eficácia, porque as consequências sociais, médicas e psicológicas da gravidez nesta etapa da vida, ou um eventual aborto, ultrapassam quaisquer riscos que ainda possam existir.

Novas substâncias foram recentemente introduzidas, com menor impacto no peso, enxaquecas e outras perturbações que levam a mulher a parar a pílula. São muitas as opções disponíveis que permitem uma escolha mais ajustada ao perfil de cada mulher.

O método contraceptivo só deve ser escolhido quando, após exame clínico e ginecológico, que inclui uma citologia do colo, exame mamário e após análises bioquímicas adequadas, sejam discutidos os riscos e os benefícios do método mais desejado pela mulher.
Receios e riscos

A mulher deve ter informação actualizada e objectiva para poder afastar todos os receios sobre eventuais efeitos nocivos da contracepção oral, o mais eficaz dos métodos reversíveis. Deve ter, também, conhecimento dos efeitos benéficos adicionais das pílulas actualmente à sua disposição: prevenção de alguns cancros ginecológicos, nomeadamente, ovário e endométrio, regularização dos ciclos menstruais, controlo da dor menstrual e efeitos benéficos sobre a pele e cabelo.

No climatério a mulher continua a correr o risco de engravidar, pelo que necessita de uma contracepção eficaz. Os sintomas resultam de uma diminuição progressiva da produção de estrogénios ováricos: os calores e afrontamentos são os mais precoces, mas há complicações mais graves de aparecimento tardio, como a osteoporose, em que o processo que a condiciona se inicia entre os 35-40 anos.

Estes anos que precedem a menopausa constituem outra etapa importante da vida da mulher e, quando se inicia precocemente, antes dos 40 anos, constitui um factor de risco adicional para a osteoporose e pode constituir, ainda, uma indicação para utilização da pílula.

Este método contraceptivo pode ajudá-la não só a evitar uma gravidez de alto risco, para a mãe e para o filho, mas também a aliviar os sintomas e a conservar a massa óssea, prevenindo futuras fracturas.

Planeamento familiar

A partir desta idade, devem ser utilizados outros métodos contraceptivos que as consultas de planeamento familiar devem oferecer a todas as mulheres que as procurem, após avaliação das características que podem afectar a escolha, tais como: a obesidade, a hipertensão e o declínio da fertilidade, observados a partir desta idade. A escolha do método deve ser também influenciada pela experiência contraceptiva anterior, pelos seus hábitos e estilo de vida.

Aceitar que a liberdade reprodutiva é um direito humano básico foi uma das grandes conquistas da Mulher, pois, significa aceitar que ela é socialmente igual ao homem, porque a contracepção permitiu-lhe, finalmente, autonomia sexual e liberdade para planear as gestações.
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