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Mulheres são mais vulneráveis ao stress

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Mulheres são mais vulneráveis ao stress Empty Mulheres são mais vulneráveis ao stress

Mensagem  estreladomar Qua Ago 27, 2008 4:05 pm

As mulheres têm cada vez mais actividades fora de casa, acumulando muitas vezes com as tarefas domésticas, o que faz com que estejam mais expostas a factores de stress.

Filas de trânsito, conflitos laborais, os horários de trabalho excessivos. Tudo isto só vem piorar a relação, já de si difícil, que a mulher tem com as situações que envolvem mais stress.

Sair de casa a correr para o emprego, levar os filhos para a escola, enfrentar enormes filas de trânsito, ao fim do dia fazer todo este percurso e, ao chegar a casa, ainda ter que fazer todos os trabalhos domésticos, é uma rotina que preenche o dia a dia de muitas mulheres.

Ao fim de algum tempo começam a sentir uma enorme tensão e um cansaço sem fim. Justificação: STRESS.

Este termo foi inventado por um engenheiro anglo-saxónico para designar a força que, aplicada a um corpo, induz uma tensão. Mais tarde, o médico Hans Seyle adoptou esta palavra para explicar as agressões externas que provocam desequilíbrio no organismo.

Actualmente, o stress é visto como um dos grandes males do nosso século. Apesar de não escolher sexo ou idades, as mulheres têm mais dificuldade em fazer frente a situações de stress. Quem o garante é o Dr. Afonso de Albuquerque, psiquiatra.

«Os homens, de uma forma geral, desde mais cedo têm que aprender a lidar com o stress porque em criança fazem brincadeiras mais perigosas, praticam desportos mais violentos, têm mais comportamentos de exploração do mundo à sua volta», explica este médico. Em contrapartida, o sexo feminino está mais preparado para enfrentar a dor.

«Elas estão a ter cada vez mais actividades fora de casa e mais semelhantes às dos homens, mantendo o seu papel como mães e donas de casa. As mulheres acabam por ter sempre dois empregos: no local de trabalho e em casa», constata o especialista.

«E o problema são as pequenas coisas do dia a dia, porque para os grandes problemas, como a morte de um familiar, por exemplo, em regra, temos a ajuda dos outros, e nessa altura conseguimos arranjar forças para enfrentar a situação», acrescenta.

Os acontecimentos que aparentemente não têm qualquer importância funcionam como pequenas gotas de água que vão enchendo um copo. «Ao fim de um certo tempo o copo encheu e basta só uma gota para o fazer transbordar», avisa o médico. Os horários excessivos, as filas de trânsito, os excessos de tabaco ou de álcool e os conflitos familiares são alguns dos factores que podem contribuir para um aumento do stress.

Mas, ao contrário do que se possa pensar, não são só as mulheres que têm uma vida profissional muita activa, que andam sempre a correr de casa para o trabalho, quem sofre de stress. A monotonia e a falta de uma actividade profissional também podem causar tensão.

«O stress também pode ser por defeito, as pessoas não terem o estímulo ou estarem a funcionar com estímulos muito baixos» refere este especialista. E avança com um exemplo: «A síndroma da esposa suburbana, a mulher que fica em casa e vive nos subúrbios e que é pouco diferenciada do ponto de vista intelectual e social.»

Sinais de alarme

O nosso organismo é como um automóvel, cada um tem o seu ritmo, quando se esforça demasiado o motor aparece um sinal vermelho a avisar o condutor de que deve tomar precauções. É com esta analogia que Afonso de Albuquerque explica como o stress afecta cada um de nós.

Quando andamos permanentemente acima do ritmo aparecem problemas no «motor». «No início não é uma avaria, agora se a pessoa continua a andar com o carro com o sinal vermelho aceso acaba por ter uma avaria. A doença, ou a “avaria do organismo”, pode acontecer quando se continua em frente, sem dar atenção a esses sinais», salienta este médico.

No caso do stress, as «luzes vermelhas» de alerta são várias: desde as dores de cabeça, a fadiga, perturbações gastrintestinais, cardiovasculares, até problemas sexuais.

Quando os sintomas não são tratados a tempo, acaba por ser pior: «As doenças mais frequentes são as do sistema nervoso, como depressões e perturbações ansiosas, e também problemas cardiovasculares, como a hipertensão, ou gastrintestinais, como as colites ou gastrites.»

Com o carro, assim que a luz vermelha se acende vai-se logo ao mecânico. No caso da saúde, as medidas não são tomadas de uma forma tão rápida, só quando já se sentem realmente doentes é que as pessoas recorrem ao médico, que inicia o tratamento e aposta na prevenção secundária para evitar uma recaída.

«Aconselhamos mudanças do estilo de vida, o fim de hábitos nocivos, como o abuso do álcool ou o tabagismo, ter um maior repouso, praticar actividades físicas e lúdicas», diz Afonso de Albuquerque.

Mas o stress não é o culpado de todos os nossos males, nem se pode viver sem um pouco de adrenalina. Como diz o nosso interlocutor, «é o esforço que cada um de nós tem que fazer para se adaptar, é a resposta que nós temos que dar para nos adaptarmos a estar vivos».

Tanto o excesso como o défice de stress podem originar problemas de saúde, daí que Afonso de Albuquerque deixe o conselho: «Cada um de nós deve encontrar o seu nível óptimo de stress. É com esse nível que funcionamos melhor.»
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